Droga da USP não tem ação comprovada contra câncer; Anvisa diz que é ilegal
Camila Neumam Do UOL, em São Paulo
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Cápsula similar a da fosfoetanolamina, que é distribuída na USP São Carlos
A substância fosfoetanolamina, distribuída na USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos por supostamente ser capaz de curar o câncer, não tem comprovação de eficácia contra a doença. Além disso, a sua distribuição à população é ilegal, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O UOL tentou contatos com a USP na capital paulista e em São Carlos (232 km de São Paulo) na manhã e tarde de quarta-feira (14) e na manhã e tarde desta quinta-feira (15), para explicar como a droga era fornecida para a população e responder à declaração da Anvisa, mas a universidade não se pronunciou. O pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, do Instituto de Química da USP de São Carlos, que fabricou e distribuiu o composto por anos, também não foi encontrado pela reportagem nos telefones celular e residencial.
A substância não pode ser considerada um remédio porque não foi testada oficialmente em humanos, passo essencial para que um composto em estudo comprove que funciona, é seguro e não tem efeitos colaterais. Pessoas recebiam as cápsulas com a fosfoetanolamina, mas, até onde se sabe, não eram acompanhadas para verificar esses parâmetros.
As pesquisas documentadas foram feitas com animais e células humanas in vitro, primeiros passos de qualquer estudo científico. Mas ainda são necessárias várias etapas de estudo para comprovar que ele realmente tem alguma função no tratamento do câncer. A cura seria um passo além.
Sem um estudo oficial, registrado pela Anvisa, a entrega de cápsulas contendo fosfoetanolamina sintética para fins medicamentosos infringe a lei 6.360/76, segundo a agência. A lei impede a entrega, a venda e industrialização de medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e correlatos para consumo sem o registro da agência.
"A comercialização, bem como a exposição do produto fosfoetanolamina, estaria em desacordo ao que prevê a Lei nº. 6.360/76, que em seu artigo 12 dispõe:"...nenhum dos produtos de que trata esta Lei, inclusive os importados, poderá ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo antes de registrado...", citou em nota técnica enviada ao UOL.
A Anvisa chama a entrega de "prática irregular segundo os princípios de segurança adotados pelas principais agências reguladoras de medicamentos do mundo".
Contra a lei
"No caso da fosfoetanolamina, a Anvisa não recebeu qualquer pedido de avaliação para registro desta substância, tampouco pedido de pesquisa clínica, que é a avaliação com pacientes humanos. Isto significa que não há nenhuma avaliação de segurança e eficácia do produto realizada com o rigor necessário para a sua validação como medicamento", citou na nota.
A distribuição das cápsulas era feita livremente na universidade até uma portaria da USP de 2014, baseada na lei 6.360/76, proibi-la. No entanto, não se sabe por que a USP autorizou a distribuição por tanto tempo da droga, o que sempre foi ilegal pela lei.
Depois da decisão judicial, a USP e o Instituto de Química de São Carlos emitiram notas afirmando que a droga não é um medicamento e que as cápsulas só seriam entregues para quem apresentasse a liminar. De acordo com a IQSC, o estudo capitaneado pelo professor aposentado Cherice foi feito de forma independente por ele. A USP afirmou em nota que os mandados judiciais serão cumpridos, dentro da capacidade da universidade.
"Ao mesmo tempo, a USP está verificando o possível envolvimento de docentes ou funcionários na difusão desse tipo de informação incorreta. Estuda, ainda, a possibilidade de denunciar, ao Ministério Público, os profissionais que estão se beneficiando do desespero e da fragilidade das famílias e dos pacientes", escreveu em nota.
Segundo o advogado Tiago Matos, diretor jurídico do Instituto Oncoguia, se comprovado que a USP cometeu um ato ilegal, contrariando a legislação, ela pode ser responsabilizada por isso. "Pode ser punição administrativa, criminal, mas quem vai punir é outra história. É delicado", diz.
Droga sem ação comprovada
A declaração da Anvisa vem ao encontro com a de oncologistas que também afirmaram não haver evidências científicas que comprovem que a droga cura o câncer. Isso porque a substância sequer foi testada em humanos. "É fundamental que sejam feitos estudos controlados em humanos para definir a eficiência, a dose ideal e a segurança de um remédio antes de ele ser usado pela população, o que não ocorreu na pesquisa com o composto de São Carlos", aponta Maria Del Pilar Estevez Diz, coordenadora de oncologia clínica do Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo).
"Qualquer fármaco que venha a ser usado em pessoas precisa passar por essas etapas. Essa é uma questão fundamental. É no estudo clínico que se tem uma posição mais clara de quais são os benefícios e quais são os riscos do medicamento", explica a oncologista.
Para Gustavo Fernandes, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, usar uma droga que foi testada somente em animais (diga-se aqui, camundongos) é "altamente perigoso" porque não se sabe sequer se pode melhorar ou piorar a saúde de quem já está doente.
"É muito difícil partir de dados pequenos em animais para uso populacional. É altamente perigoso. Se a população usa essa droga e ela for deletéria, como a gente vai saber? E vai comparar com o que?", questiona.
Butantan testa em células humanas
Outras pesquisas feitas com a fosfoetanolamina no Instituto Butantan, em São Paulo, testam a substância em tumores de células de mama, de fígado, do pâncreas e dos rins com resultados promissores, segundo o biomédico Durvanei Maria, do laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto.
"Não tenho dúvida que a fosfoetanolamina é eficaz. Ela impede a proliferação de células tumorais, mecanismo conhecido como morte celular programada já que não destrói as células normais, não altera o funcionamento de órgãos e do sistema imunológico", diz o biomédico.
A maioria dos testes ainda é feito em ratos e camundongos, mas células de humanos já estão sendo testadas e apresentam resultados semelhantes, diz Maria. O objetivo agora, segundo ele, é começar com os testes clínicos. Para isso, se juntou a um grupo de cientistas que se mobilizou para regularizar o uso da droga na Anvisa e nas comissões de ética médica. Diferentemente da USP, a equipe do biomédico não produz cápsulas.
Trocar de tratamento é perigoso
O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica diz entender o "desespero" de pessoas que não vêm mais resultados no tratamento contra o câncer, mas qualquer médico só pode receitar medicamentos cuja eficácia já tenha sido comprovada por determinação do Conselho Federal de Medicina.
"Se houvesse qualquer dado científico que dissesse que essa droga traria benefícios aos humanos, eu poderia considerar o uso. Mas não há nada na literatura sobre isso, então não posso recomendar. Posso dizer que vi alguns pacientes usarem, e não tive percepção de benefício ou malefício, mas isso é uma percepção, não Ciência, então não valida nada", diz.
Segundo a oncologia clínica do Icesp, deixar o tratamento convencional para adotar o que parece milagroso não é indicado porque pode alterar o resultado do tratamento ou mesmo piorar a saúde já que faltam evidências de que a droga alternativa é realmente eficaz.
"Tem que tomar cuidado já que todas as intervenções podem ter riscos e efeitos colaterais, inclusive as medicamentosas e até de produtos naturais que podem alterar o metabolismo ou os efeitos do tratamento. Os pacientes que estão em tratamento cuja indicação é clara, que temos a ideia do que pode ser esperado, seja de benefícios e de eventos adversos, devem manter esse tratamento", afirma.
Há interferência da indústria farmacêutica?
Os dois especialistas não acreditam na hipótese levantada nos últimos dias de que a substância não é usada em larga escala por interferência da indústria farmacêutica.
"A indústria farmacêutica tem o objetivo de dar lucro e sempre que houver um produto promissor ninguém é mais interessado do que ela. Não existe uma pílula mágica, mas um conjunto de intervenções. Seria ótimo se tivéssemos um medicamento, mas o mecanismo da doença é muito complexo, não é um lobby, é uma dificuldade da Ciência em fazer isso, mas estamos progredindo muito nos últimos anos", afirma Pilar.
Já para Fernandes não há com crer que apenas uma medicação pode curar todos os tipos de câncer porque os genes ativados podem ser diferentes em cada órgão. Da mesma forma que não crê em teorias que acreditam que a cura é escondida porque a doença 'dá mais lucro'. "Não acredito que quem teria a cura de uma doença que mata mais do que guerra mundial esconderia isso por muito tempo. Se existisse, Hitler seria uma pessoa bacana perto dessa ai", completa Fernandes.
Os pesquisadores da USP São Carlos afirmaram que patentearam a substância para que ela não seja usada pela indústria, que buscaria lucrar com ela. Também foi levantada a hipótese de que as farmacêuticas estariam impedindo o teste em humanos, junto à Anvisa. Mas, segundo o órgão, não há necessidade de intervenção da indústria farmacêutica para a realização de estudos clínicos. Se uma universidade tiver condições de fazê-lo, basta contatar a agência e mostrar a documentação adequada. "A USP de São Carlos nos procurou para dar detalhes sobre o processo, mas nunca fez o pedido para realizar os testes clínicos, o que é diferente", informou a agência.
Se é ilegal, porque a Justiça autoriza?
A pergunta que fica é: por que a Justiça libera o uso se a lei comprova a ilegalidade?
A resposta está na interpretação do juiz que pode optar pelo direito à saúde e à vida garantidos na Constituição ou pela legalidade do ato, que em situações de vida ou morte tende a ficar em segundo plano, explica o advogado do Instituto Oncoguia.
"Há duas correntes de pensamento entre os juízes. Alguns entendem que havendo uma prescrição, a expertise do médico dá crédito e o judiciário se posiciona a favor. Contudo, há alguns que se posicionam com mais cautela e, por não ter registro e prova de eficácia e segurança, não validam a decisão", explica.
No entanto, Matos crê que a liberação de drogas sem registro e sem estudos clínicos pode "abrir brechas perigosas para a sociedade".
"Isso é temerário porque pode abrir brechas para situações além da fosfoetanolamina em casos que podem beirar o charlatanismo, como dizer que chá de cogumelo é bom. Isso pode ser muito perigoso para a sociedade", afirma.
Conectividade é essencial em carros, mas requer segurança
Divulgação/Daimler
Mercedes Benz F05: carro conceito traz tecnologia para direção autônoma
São Paulo – Cada vez mais a conectividade e tecnologia fazem parte de carros. A ambição a longo prazo das principais montadoras hoje é construir carros autônomos. O assunto foi tema de debate em uma mesa durante o fórum Direções, organizado pela Quatro Rodas nesta terça-feira, 29 de setembro.
Uma das chaves nessa discussão é fazer com que as montadoras caminhem na velocidade das inovações. “A ideia é colocar o consumidor no centro da vida conectada. Muitas vezes ele avança mais rápido do que a indústria. É preciso deixar a experiência mais segura”, disse Marcelo Mattar, do media solution center da Samsung América Latina.
David Borges, supervisor de veículos conectados da Ford Brasil, concorda. “Usamos a própria tecnologia para deixar o motorista mais atento. Empresas que estão trabalhando em sistemas para carros, como Google e Apple, estão muito preocupadas. Não podemos deixar que algo que deve ser positivo vire motivo de acidentes”, disse.
A chave para isso é planejamento entre as montadoras e as empresas de tecnologia para Dirlei Dias, gerente sênior de vendas da Mercedes-Benz. “Em um carro tudo precisa ser estável. Você não pode ter problemas quando anda a 120 quilômetros por hora. Não podemos nos dar a esse luxo”, afirmou.
Entender o ambiente é crucial para desenvolver as soluções apropriadas. “Na Ford, pensamos em soluções de transporte para vários lugares. É claro que o que funciona para uma cidade como São Paulo não necessariamente funcione bem para outra metrópole como Mumbai”, disse Borges.
Futuro
Na discussão, ficou claro que uma das principais pretensões das montadoras é desenvolver um carro autônomo, que guie sem auxílio do motorista. “Não está longe o dia que será possível deixar o carro trafegar por vias grandes, como as marginais de São Paulo”, disse Mattar.
“O Grupo Daimler [dona de marcas como a Mercedes-Benz] tem como objetivo um carro autônomo. Os clientes têm que poder estar fazendo outra coisa enquanto se deslocam do ponto A ao ponto B”, afirmou Dias.
Para a Ford, no entanto, não existe pressa nessa ambição. “Nós não estamos em uma corrida pelo primeiro carro autônomo. Nossa corrida é por um sistema que possa ser entregue a todos. Temos a oportunidade de revolucionar o mercado da mesma maneira que Henry Ford revolucionou”, disse Borges.
Necessidade de estrutura
Não basta, no entanto, que as montadoras trabalhem em tecnologias. É preciso um ambiente com a infraestrutura necessária para o bom funcionamento.
Nesse quesito, estamos longe do ideal. Marcelo Mattar é categórico nessa leitura: “o Brasil não está preparado”.
A leitura dos três participantes do debate é que é preciso um esforço público no Brasil para que os espaços urbanos estejam preparados para receber esse tipo de tecnologia.
Se você acha que a resolução 4K ainda é dispensável e bastante problemática por causa da falta de conteúdo que apresenta, prepare-se para conhecer a primeira televisão com um display 8K a ser vendida no mercado. A LV-85001, da Sharp, é um modelo de 85 polegadas que será comercializado a partir do final do próximo mês. O preço? "Apenas" US$ 133 mil (aproximadamente R$ 513 mil em conversão direta na cotação atual).
Ainda que essa televisão apresentada pela Sharp ainda não tenha um sintonizador de TV – o que, tecnicamente, faz com que o modelo seja apenas uma tela de alta resolução –, a empresa pretende mostrar ao mercado que essa tecnologia já é possível e perfeitamente aplicável aos diferentes tipos de transmissão. O 8K possui uma resolução de 7680x4320 pixels, o que resulta em 104 pontos por polegada de tela – considerando as 85 polegadas.
Porém, para conseguir suportar essa altíssima resolução, a LV-85001 precisa ser conectada através de uma saída HDMI 2.0. De acordo com a Sharp, esse modelo possui uma taxa de contraste de 100.000:1 e ângulo de visão de 176°. A empresa ainda não divulgou a tecnologia de display utilizada nessa TV, mas já sabemos que ela chegará ao mercado corporativo no dia 31 de outubro.
Sharp apresentou a primeira televisão 8K a chegar ao mercado corporativo.
Metade das casas no Brasil não tem acesso à internet, diz pesquisa
Do UOL, em São Paulo
Apenas 50% dos domicílios brasileiros tinham acesso à internet em 2014, segundo a 10ª edição da pesquisa TIC Domicílios, divulgada na manhã desta terça-feira (15) pelo CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil). O dado aponta um déficit de conectividade para 32,3 milhões de lares do país, que está ligado à classe social e à área de residência.
Na classe A, como aponta o estudo, a proporção de domicílios com conexão é de 98%. O índice cai para 82%, na classe B, e para 48%, na classe C. O resultado é ainda menor nas classes D e E. A internet está presente em apenas 14% dos lares dessas famílias.
Um déficit que não está ligado exclusivamente à questão de renda, mas também à falta de infraestrutura para acesso às bandas largas. Considerando as áreas urbanas, a proporção de domicílios com acesso à internet é de 54%, enquanto nas áreas rurais é de 22%.
Chamada TIC Domicílios 2014, a pesquisa foi realizada em mais de 19 mil domicílios do país, entre outubro de 2014 e março de 2015, e tem o objetivo de medir o uso das tecnologias da informação e da comunicação dos brasileiros, o acesso individual a computadores e à internet, atividades desenvolvidas na rede, entre outros indicadores.
CGI.br
E o celular?
"A série histórica da TIC Domicílios tem mostrado a permanência da desigualdade no acesso", disse Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. Segundo ele, nem mesmo o "crescimento da internet móvel" ajudou o Brasil a superar por completo o desafio da universalização do acesso à internet.
Como explicou o Cetic.br, em 2014, as conexões residenciais realizadas por telefone celular foram incorporadas ao conceito de acesso domiciliar à internet, conforme recomendação internacional. A mudança ajudou no crescimento de sete pontos percentuais no indicador geral -- no ano interior, apenas 43% dos lares brasileiros tinham acesso à rede.
Ao todo, 47% dos brasileiros com 10 anos ou mais usaram internet pelo smartphone em 2014 --o que representa, em números absolutos, 81,5 milhões de pessoas. O índice mais do que triplicou nos últimos três anos: em 2011, essa proporção era de 15%.
"O smartphone tem permitido a inclusão de cidadãos que não acessavam a rede, principalmente por ser um dispositivo barato, apesar de todas as limitações. É uma forma inclusão digital de uma parcela importante da população --sobretudo da população de baixa renda", informou Barbosa.
Veja dados divulgados pela TIC Domicílios 2014
76% pelo celular
A pesquisa investigou os dispositivos utilizados pelos indivíduos para acessar a internet, constatando a preferência pelo telefone celular (76%), seguido do computador de mesa (54%), notebook (46%) e tablet (22%)Foto: Fotolia
84% acessam todos os dias
A maioria dos usuários de internet pelo celular afirmou acessá-la todos os dias ou quase todos os diasFoto: Getty Images
2% têm conexão discada
Número de domicílios com acesso internet que ainda usam a conexão discada. A banda larga fixa chega em 67% desses lares, enquanto o alcance da banda larga móvel é de 25%Foto: Stephanie Pilick/EFE
60% possuem notebooks
Número de residências com acesso à internet que possuem notebooks. Já os tablets estão presentes em 33% dos domicíliosFoto: Getty Images
66% têm Wi-Fi
Pela primeira vez, a pesquisa mediu a disponibilidade de redes sem fio Wi-Fi nos domicílios e constatou que 66% das moradias com acesso à internet dispõem desse tipo de redeFoto: iStock
55% usam internet
O percentual de brasileiros de 10 anos ou mais que são usuários de internet chegou a 55%, o que corresponde a 94,2 milhões de usuáriosFoto: Arte/UOL
83% mandam mensagens
A atividade mais realizada pelos usuários de internet nos três meses anteriores à pesquisa é o envio de mensagens instantâneas, a exemplo de chat do Facebook, chat do Skype ou WhatsAppFoto: Reprodução
76% navegam em redes socias
A TIC Domicílios 2014 também aponta que a participação em redes sociais figura entre as ações mais citadas, com 76%. Já assistir a filmes ou a vídeos é comum a 58% dos usuários brasileirosFoto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Fonte: CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil)
Controle remoto tem teclado e mouse para usar em TVs e PCs a até 10 metros
Sérgio Vinícius Colaboração para o UOL, em São Paulo
O OEX Air Mouse CK103 é um controle remoto sem fio que reúne em uma única interface teclado e (como o nome indica) mouse. Por meio de um receptor USB, ele permite operar SmartTVs, Android TV e computadores de mesa (PCs e Macs) a até 10 metros de distância.
Durante os testes do UOL Tecnologia, o gadget se mostrou bastante fácil de usar. Basta conectar o receptor no eletrônico que se deseja controlar à distância, esperar alguns segundos e começar a digitar ou mover a seta do mouse.
Durante a avaliação da reportagem, ele foi utilizado em uma SmartTV, um PC e um dispositivo Android e mostrou resultados semelhantes – retornos rápidos e boa usabilidade. Trata-se de um gadget especialmente útil para quem digita muito na tela do televisor – seja procurando filmes no Netflix, vídeos no YouTube ou atualizando as redes sociais.
A curva de aprendizado para operar o gadget é bastante baixa. O mouse é simples de operar – com o botão ao centro do OEX apertado (tem o logo do Android), basta mover o controle e a setinha se mexe na tela do eletrônico. Para acessar algo, pressiona-se o botão esquerdo ao lado do que tem o logotipo com robozinho verde. A tecla esquerda funciona como a similar em mouses comuns.
A função teclado é ainda mais intuitiva: as teclas estão bem espaçadas e leva-se pouco tempo até se acostumar com elas, já que estão no padrão QWERTY. Por fim, o OEX Air Mouse CK103 tem botões dedicados, como para acessar músicas e controlá-las (avançar, retroceder).
Para computadores e equipamentos com Android, os teclados nativos, os mouses padrão e as telas touchscreen são ainda melhores e mais precisos do que o Air Mouse CK103. A não ser que se deseje operá-los à distância, não deve-se optar pelo OEX em detrimento às soluções que já fazem parte destes eletrônicos.
Assim, mesmo que seja compatível com vários eletrônicos, ele é realmente útil para usar em TVs. Outros dois pontos negativos do OEX são seu preço um tanto salgado, que está nas prateleiras por R$ 169, e a alimentação por duas pilhas alcalinas AAA.
Direto ao ponto: Air Mouse CK103
Conectividade: USB nano
Alcance: 10 metros
Teclado: QWERTY, com 56 teclas
Dimensões: 16x5x1,5 cm
Compatibilidade: Windows, Macintosh, Android, Linux
Alimentação: 2 pilhas alcalinas AAA
Preço: R$ 169
Pontos positivos: simples de instalar, teclado intuitivo, mouse fácil de usar
Pontos negativos: não agrada em PCs e smartphones, poderia ser mais barato, alimentação por pilhas AAA
Gadgets 2015
3.ago.2015 - A Fujifilm lançou a câmera fotográfica X-T1 IR com sensores ultravioleta e infravermelho que possibilitam captura de imagens no escuro e até através de roupas. Isso mesmo! Segundo a empresa japonese, a tecnologia possibilita captar o que os olhos não podem ver. A câmera possibilita a captura da luz em comprimentos de onda de até 1.000 nm [o limite de captura dos olhos humanos é de 700 nm] Com sensor de 16,3 megapixels e tela LCD de 3 polegadas, o produto será vendido por US$ 1.700 a partir de outubro Divulgação
Câmera permite ler livro a 14 km de distância; veja 10 destaques de feira
Flávio Florido*
Do UOL, em Nova York
A feira de tecnologia Canon EXPO 2015, realizada em Nova York (Estados Unidos) entre os dias 10 e 11 de setembro, apresentou diversas inovações não só para o mundo da fotografia. Também foram expostas durante o evento soluções criativas para as áreas de medicina, segurança e até espacial. Veja 10 destaques:
estaques da Canon Expo 2015
Câmera com 250 megapixels
Na área da fotografia, o grande lançamento da Canon é um sensor que está em desenvolvimento para produzir imagens com 250 megapixels, que possibilitará, por exemplo, a leitura de um livro a 14 quilômetros de distânciaFoto: Flávio Florido/UOL
Câmeras para pouca luz
Outro equipamento de destaque é uma câmera com ISO 4.000.000 para captar imagens com pouquíssima luz. Para se ter ideia, as câmeras profissionais tem o ISO de 52.100Foto: Flávio Florido/UOL
Câmeras de segurança
Na área de segurança, a marca aposta em um equipamento para detectar pessoas e reconhecê-las com rapidez. Em um comércio ou restaurante, por exemplo, o empresário pode determinar que a região próxima do caixa seja vista, mas o resto do local não. Em lugares com grande número de pessoas, as câmeras são capazes de detectar o rosto das pessoas e calcular aproximadamente a idade de cada umaFoto: Flávio Florido/UOL
Detector de doenças
Outro produto permite visualizar a imagem da retina para detectar caso de hipertensão e esclerose. Foi apresentado também um mamógrafo que permite o diagnóstico através da imagemFoto: Flávio Florido/UOL
Filmagens no espaço
A marca também apresentou câmeras de vídeo 4K para produção de filmes para o cinema. Algumas delas são utilizadas inclusive pela NASA (Agência Espacial Norte -Americana) para as filmagens no espaçoFoto: Flávio Florido/UOL
Impressão de embalagens
Na impressão, o foco está em máquinas capazes de imprimir embalagens com muita velocidade e alta resolução: uma das impressoras expostas faz 10.000 cópias por minutoFoto: Flávio Florido/UOL
Impressão em 3D e com textura
A Canon apresentou duas impressoras, uma delas que dá às imagens uma impressão de alto-relevo (3D) e outra que permite a criação de fotos texturizadas.Foto: Flávio Florido/UOL
Robôs cirúrgicos
A empresa também está investindo em robôs e endoscópios minúsculos para a realização de cirurgias que terão um efeito muito menos invasivo nos pacientes, permitindo assim menos erros e melhorando o desempenho dos médicosFoto: Flávio Florido/UOL
Analisador de DNA
Na área da medicina, a Canon está desenvolvendo um analisador de DNA, que faz a leitura de cada indivíduo para prevenir possíveis doenças futuras. O aparelho está sendo aprimorado em conjunto com uma universidade americanaFoto: Flávio Florido/UOL
Mesa futurística
A Canon desenvolveu uma mesa futurista que, associada a um projetor, exibe imagens que estão em uma câmera fotográfi
Mesa futurista busca fotos a partir de objetos e se liga a câmera sem fio
Flávio Florido* Do UOL, em Nova York
Mesa "inteligente" associa objetos com imagens
Uma mesa que permite manipular imagens foi apresentada pela empresa Canon, em Nova York Flavio Florido/ UOL
Uma mesa que permite manipular imagens chamou a atenção na feira de tecnologia Canon EXPO 2015, que ocorre em Nova York, EUA.
A mesa futurista é associada a um projetor e exibe imagens que estão em uma câmera fotográfica, sem a necessidade de cabos. Além disso, o usuário pode usar a mão para fazer diversas operações como recortar fotos, selecionar imagens e transmití-las para a TV, o computador ou a impressora.
Uma novidade é que o equipamento também pode encontrar imagens associadas a algum objeto. Funciona assim: de uma lado você coloca a câmera, do outro, o objeto e o equipamento automaticamente irá selecionar imagens relacionadas a ele ou a seu contexto. Por exemplo, se você colocar um brinquedo, verá imagens com crianças ou relacionadas à família. A mesa ainda pode fazer associação das imagens com sons.
O produto da Canon tenta romper uma certa tradição do mercado. Mesas tecnológicas sempre apareceram com burburinho, mas nunca caíram realmente no gosto popular.
A feira traz produtos para a área de segurança, medicina, indústria e para o lar concebidos pela Canon, empresa conhecida mundialmente por câmeras fotográficas.
ca. Dispensa cabos e permite interações com a mão. É possível fazer diversas operações como recortar fotos, selecionar imagens e transmiti-las para TV, computador ou impressora. Foto: Flavio Florido/ UOL
Apple pode lançar iPhone 7 mais fino que iPod Touch
Em poucos dias a Apple poderá finalmente revelar os novos aparelhos para competir com oGalaxy S6 Edge+ e Galaxy Note 5. O iPhone 6s e 6s farão parte dessa nova competição com a Samsung, porém, a Maçã já pode estar preparando o iPhone 7. O sucessor retornaria ao 'vidro em vidro', trazendo bordas finas e maior sensibilidade, porém, a companhia de Steve Jobs ainda não revelou nenhuma informação.
De acordo com um relatório da empresa de análise KGI, a Apple já está trabalhando na próxima versão do iPhone e ele deve chegar aos consumidores com espessura de 6.5 mm, ou seja, mais fino que o iPod Touch. Em comparação, o iPhone 6 e 6 Plus contam com 6.9 mm e 7.1 mm, respectivamente.
Outros rumores também revelaram que o iPhone 7 chegará aos usuários com a tecnologia Force Touch, que provavelmente também será lançada no iPhone 6s e 6s Plus. Diversos vazamentos já “confirmaram” que os dois novos aparelhos possivelmente serão revelados em poucos dias com a tecnologia.
A KGI também acredita que a Apple não deve produzir os novos aparelhos com tela 4K, e provavelmente ainda não planeja algum lançamento com a tecnologia. Mas é claro, não podemos confirmar nenhuma das informações, ainda mais que a Maçã ainda não fez o anúncio nem do iPhone 6s e 6s Plus.
Provavelmente os consumidores não receberão notícias sobre o iPhone 7 tão cedo, mas existem chances da companhia revelar sobre o dispositivo durante o evento que acontecerá na próxima quarta-feira (9/9).
Gear S2 vs Moto 360: quem ganha a batalha dos smartwatches? [Comparativo]
A IFA nos trouxe alguns lançamentos bem legais no mundo dos smartwatches. Dois deles sobressaem: o Gear S2 da Samsung, e o novo Moto 360, da Motorola. Esses brinquedinhos devem liderar a disputa pelo mercado de relógios inteligentes nos próximos meses e por isso mesmo, resolvemos comparar as especificações para chegar a uma conclusão: qual deles é melhor, e em que aspectos? Veja os prós e contras de cada um nesse comparativo.
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O WhatsApp é seguro? Veja seis dicas de como usar o app sem problemas
Maria Clara Lima
Rei dos aplicativos, o WhatsApp pode se tornar um vilão quando o assunto é segurança online. Isso porque, com apenas um descuido, o usuário pode expor dados importantes da sua vida pessoal. Fotos, vídeos, número de cartão de crédito, tudo isso pode cair em mãos erradas e causar um grande dano às vítimas. Por isso, o queridinho dos aplicativos deve ser usado com cautela e bastante atenção
Mesmo que não é fã de tecnologia, se rendeu aos encantos do “ZapZap”. O app é um fenômeno mundial, e já ultrapassou a marca dos 800 milhões de usuários. Sozinho, ele é o responsável por 30 bilhões de mensagens por dia. Com tanta gente usando, aumenta também as chances de alguém ser afetado por algum tipo de golpe. De vírus ao roubo de dados, muita coisa pode acontecer quando usamos oWhatsApp.
Para ficar tranquilo, e usar a ferramenta sem medo, confira seis dicas de como trocar mensagens com o app em segurança.
1. Cuidado com wi-fi grátis
Com um simples programa chamado WhatsApp Sniffer, é possível invadir o aplicativo e visualizar a conversar de outro usuário que compartilha a mesma conexão. Por isso, evitar entrar em redes compartilhadas pode ser uma boa dica para deixar seus dados seguros, não só em relação ao WhatsApp.
2. Proteja seu WhatsApp com senha
É possível bloquear o aplicativo com senha. Para isso, basta fazer a instalação do App Locker na PlayStore – se você usa o sistema Android em seu smartphone. Depois de baixado, instale o app e configure uma senha forte e segura.
Como padrão, o WhatsApp mostra a foto do perfil para todos os usuários que adicionam seu número na agenda do telefone. Ou seja, o aplicativo mostra a sua imagem pessoal de perfil para conhecidos e desconhecidos. É possível mudar as configurações do aplicativo para preservar a sua imagem. Selecione a aba de Privacidade, depois Fotos de Perfil, e desmarque a opção de todos. Depois, basta selecionar a opção Ninguém e pronto.3. Oculte a foto de perfil
4. Cuidado com falsos aplicativos
Não caia no golpe do app falso. Esses tipo de aplicativo pode instalar vírus em seu aparelho capazes de prejudicar o desempenho do celular, tablet e até do computador, além de servir como porta de entrada para hackers.
5. Apague suas conversas
É uma maneira extrema de proteger suas informações, mas bastante efetiva. Crie o hábito de deletar as conversas, sejam particulares ou em grupo. Desse modo, se alguém conseguir acesso ao seu aplicativo, não poderá visualizar suas mensagens.
6. Não receba arquivos automáticos
Algumas pessoas tem o hábito de trocar fotos, vídeos e áudios com os colegas. Isso também pode ser perigoso, principalmente se você tem a opção de fazer downloads automáticos. O que é possível ser feito é desmarcar a opção de download automático e só conferir as mensagens de conhecidos.
Quer saber mais sobre segurança na internet? A McAfee, maior empresa especialista em tecnologia de segurança do mundo, tem dicas e soluções que ajudam a proteger os consumidores e as empresas de todos os tamanhos contra os malwares e as ameaças on-line mais recentes. Para mais informações, acesse o site https://www.mcafee.com/br
Chilenas desenvolvem dispositivo que usa planta para carregar celular
BBC BRASIL.com
2 SET2015 10h47
Nada de tomadas. Em um futuro próximo, talvez você recorra a um vaso de plantas para carregar seu celular ou seu tablet.
Chamado "E-Kaia", um dispositivo criado por três jovens engenheiras do Chile só precisa de uma planta bem cuidada para obter energia suficiente para recarregar baterias e vem sendo considerado uma alternativa sustentável aos usuários de smartphones e tablets.
Por mais inverossímil que pareça, na prática, é preciso "ligar" o dispositivo enterrando-o em um vaso ou canteiro.
Como o E-Kaia ainda está em processo de registro de patente, suas criadoras não revelam muitos detalhes de seu funcionamento.
Segredos
Mas mesmo com tantos segredos, a engenheira industrial Carolina Guerrero, a engenheira de computação Camila Rupish e a engenheira eletrônica Evelyn Aravena conseguiram provar a eficiência das invenção delas.
O mecanismo funciona como um circuito que gera 5 volts e 600 miliamperes e se conecta ao celular ou o tablet por meio de um cabo USB.
Durante o processo de fotossíntese, a planta produz matéria orgânica que transforma energia da luz em energia química. Ao redor das raízes, os micro-organismos se encarregam de processar essa energia que a planta utiliza para crescer e também para gerar elétrons como produtos secundários.
O dispositivo captura os elétrons que a planta não precisa – e por isso ela não é afetada – para gerar a energia que o equipamento precisa.
Isso permite que em uma hora e meio seja possível dar uma carga completa em um celular ou um tablet.
Evelyn Aravena afirmou à imprensa local que "a ideia agora é deixar o dispositivo mais bonito, para torná-lo mais comerciável e também para que seja portátil e resistente".
Estudantes
A ideia nasceu em 2009, quando as três estavam na universidade. Com o projeto, elas ganharam um prêmio de inovação do governo chileno, em 2014. E também foram semifinalistas em um concurso internacional, The International Business Model Competition, organizado por universidades de ponta, como Harvard e Stanford.
Neste ano, elas ganharam outro prêmio e um respaldo financeiro de um órgão do governo chileno para criarem o protótipo.
Há outras iniciativas similares no mundo. Na Holanda, um projeto usa o mesmo conceito, mas em uma escala distinta.
A Plant-e usa amplas áreas plantadas como fonte de energia limpa. Sua co-fundadora, Marjolein Helder, diz que estamos prestes a entrar a uma verdadeira revolução com esse tipo de energia.
O projeto holandês também absorve os elétrons e os transfere para um dispositivo, que é ligado ao celular ou tablet. Segundo Helder, com 1 metro quadrado de jardim pode-se produzir 28 quilowatt/hora em um ano.
Baseado em dados de consumo médio de um lar americano, seriam necessários 372 metros quadrados de área verde para fornecer energia a essa casa.
Agora, Plant-e quer implementar seu processo de geração de eletricidade não só em terra firma, mas também em pântanos e plantações de arros.
Custos
O custo de venda do carregador chileno ainda não foi calculado, mas as engenheiras já estão pesquisando materiais mais econômicos para produzi-lo. O protótipo custou US$ 504, um valor inacessível para a maior parte desse mercado.
A ideia é dar início a uma produção pequena, para gerar recursos e, depois, realizar um projeto em grande escala.
Mas até lá, você já pode olhar vasos de plantas com outros olhos.
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Novo material da NASA se 'auto-repara' dois segundos após levar um tiro
(Reprodução/The Terminator)A agência espacial norte-americana (NASA) em parceria com a Universidade de Michigan desenvolveu um novo material capaz de se reintegrar apenas 2 segundos após ter sido atravessado por uma bala.
Enquanto ainda não é possível materializar o Exterminador do Futuro, eles desenvolvem formas de aplicar a nova descoberta, que envolvem principalmente a reconstituição temporária de partes de espaçonaves. O material funcionaria como um 'tapa buracos' em eventuais incidentes, para evitar a saída do ar até que um astronauta chegue ao local danificado para fazer a reparação definitiva.
Também estão fazendo estudos para utilizá-lo na criação de um novo equipamento militar.
O material basicamente constitui-se de um líquido reativo entre duas camadas de um polímero sólido. Este líquido, ao entrar em contato com a atmosfera passa ao estado sólido em apenas alguns segundos.
Veja o vídeo e entenda melhor:
O "cálice sagrado" dos supercondutores pode revolucionar os eletrônicos
cheiro de ovo podre faz você pensar em lixo, mas no futuro esse cheiro desagradável poderá estar relacionado com trens de alta velocidade. O sulfureto de hidrogênio - o composto químico que emite o cheiro forte de ovo podre - é um supercondutor com um potencial imenso.
O composto conduz eletricidade sem resistência a temperaturas de até 70°C, explicaram físicos na Nature. Isso significa que o sulfeto de hidrogênio é o supercondutor com maior temperatura que o homem conhece, superando o antigo campeão em cerca de 40°C. E isso importa muito porque trata-se de um grande passo em direção à descoberta de um supercondutor a temperatura ambiente, o que revolucionaria eletrônicos, tornando a geração diária de eletricidade e a sua transmissão muito mais eficientes.
Supercondutores - materiais que canalizam corrente elétrica sem resistência - foram inicialmente descobertos no começo do século 20. Eles são usados em algumas das mais importantes tecnologias do mundo moderno, de aparelhos de ressonância magnética a aceleradores de partículas, passando por forno micro-ondas e telefones celulares. Mas há um problema persistente: são necessárias temperaturas extraordinariamente baixas e muita energia para formar esses materiais mágicos. E alguns dos supercondutores de temperaturas altas são substâncias incomuns e caras. Uma classe exótica de compostos com cobre chamada de "cupratos" podem superconduzir a temperaturas de -109°C se antes forem expostos a pressão muito alta.
Mas agora os cupratos podem ser substituídos por outra coisa melhor. Quando Mikhail Eremets e seus colegas do Instituto Max Planck de Química na Alemanha colocaram pequenas quantidades de sulfeto de hidrogênio a até 1,6 milhão de vezes a pressão atmosférica, o material comum se transformou. Ele se torna supercondutor a temperaturas mais comuns na superfície da Terra. É um começo, e pode significar que uma classe inteira de compostos naturais se tornarão candidatos a supercondutores de alta temperatura.
Alguns cientistas estão bastante empolgados com a notícia: Igor Mazin, do Laboratório de Pesquisa Naval, chama o sulfeto de hidrogênio de "o cálice sagrado dos supercondutores." Outros se mantêm céticos até que a descoberta seja confirmada. De acordo com a Nature News, um grupo da Osaka University conseguiu reproduzir a eletricidade, mas não as propriedades magnéticas de um supercondutor no sulfeto de hidrogênio, enquanto outros sequer conseguiram chegar a alguma supercondutividade.
Em relação aos supercondutores de temperatura ambiente que podem propulsionar os trens de alta velocidade e melhorar consideravelmente a tecnologia de ressonância magnética? "Teoricamente eles são não proibidos," Eremets disse à New Scientist. Vamos precisar esperar para ver o que acontece.
Segundo os boatos um "cometa de quatro quilômetros de largura" iria se chocar contra a Terra causando "danos catastróficos" e "eliminando os Estados Unidos da América".
Blogs e posts na web até davam a localização exata do impacto: perto de Porto Rico no meio do mês de setembro.
Mas, a agência espacial americana informou que "não há fundamento científico, nenhum fragmento de prova" para comprovar estes rumores.
A Nasa tem o Programa de Observação de Objetos Próximos da Terra, que procura por asteroide que possam ameaçar a Terra. Os especialistas que trabalham neste programa afirmam que nada "vai acertar a Terra naquelas datas".
"Se houvesse qualquer objeto grande o bastante para fazer este tipo de destruição em setembro, já teríamos visto alguma coisa", disse o caçador de asteroides Paul Chodas.
Na verdade, no próximo século existe uma "chance de menos de 0,01%" de qualquer "asteroide perigoso" destruir a civilização.
'Guarda espacial'
O Programa de Observação de Objetos Próximos da Terra, da Nasa, tem um outro nome, mais fácil de lembrar: "Guarda Espacial".
Este programa usa telescópios localizados na Terra e no espaço para detectar e rastrear asteroides e cometas que cheguem a uma distância de cerca de 48 milhões de quilômetros do planeta.
Até agora, as únicas coisas em rota de colisão com a Terra são "meteoritos inofensivos" e "asteroides minúsculos" que se incendeiam ao entrar na atmosfera antes que possam causar qualquer tipo de estrago.
Mesmo assim, o trabalho da Guarda Espacial é muito importante, mas a Nasa afirma que a equipe sempre tem a atenção desviada por boatos como este.
"Esta não é a primeira alegação louca, não fundamentada de que um objeto celestial está prestes a se chocar com a Terra e, infelizmente, provavelmente não será a última", afirmou Chodas.
Cientista projeta o fim da Amazônia para o ano de 2260
Thiago Medaglia
A manutenção do atual ritmo de degradação condena a maior floresta tropical do planeta a durar pouco mais de dois séculos
delo de desmatamento com base nas taxas históricas e em áreas protegidas nas quais a fiscalização é ineficiente, um pesquisador britânico chegou a uma conclusão aterradora: restam pouco mais de dois séculos de vida à Amazônia. Após esse período (245 anos, para ser exato), a clássica imagem do tapete verde formado pela copa das árvores – assim como a imensurável biodiversidade – será apenas uma memória registrada em vídeos e fotos. A floresta, que foi formada ao longo de 50 milhões de anos, vai desaparecer.
Como se não bastasse, há outra constatação preocupante e muito mais imediata. Bem antes de seu fim, a floresta tropical pode deixar de prestar os serviços ecossistêmicos que ajudam a manter a vida no planeta, tais como o sequestro e o armazenamento do carbono (atuantes na regulaçao do clima), a oferta de água, o controle da erosão e outros. Mas como o geógrafo Mark Mulligan, do King's College de Londres, na Inglaterra, chegou a estas conclusões?
“As áreas protegidas são a melhor ferramenta de conservação que temos em nossa caixa de ferramentas”, diz o pesquisador Mark Mulligan. A Floresta Nacional de Carajás, Pará, Brasil. Foto de Flavio Forner/XIBÉ
Mark, que trabalha na América Latina desde o início dos anos 1990, é um dos criadores de uma ferramenta de mapeamento de serviços ecossistêmicos chamadaCo$ting Nature (em português, algo como “Valorando a Natureza''). A ferramenta online agrega camadas de dados espaciais nos contextos biofísico e sócio-econômico, além de biodiversidade, serviços ecossistêmicos, pressão antrópica e futuras ameaças. “Ela executa uma espécie de contabilidade do capital natural e calcula as prioridades de conservação de cada um quilômetro de pixel em uma escala global ou regional'', explica Mark.
Índice de serviços ecossistêmicos de carbono nas plantas e no solo na Amazônia Continental. Em tom alaranjado, as zonas sustentadas por solos de turfa no Peru se destacam. O Brasil é um dos grandes emissores de carbono do planeta e a maior parte de sua contribuição tem origem nas queimadas e no desmatamento ilegal ocorridos na região Norte.
A ferramenta, que é um recurso técnico valioso usado por pesquisadores em mais de 1000 organizações em 141 países, já foi aplicada em escala local e nacional em muitos lugares do mundo. Um dos exemplos é o do povoamento colombiano de Gramalote – talvez o primeiro caso no mundo em que uma cidade é inteiramente planejada do zero a partir de critérios de capital natural, tendo o suporte tecnológico de ferramentas como Co$sting Nature.
Operadoras móveis no Brasil preparam petição contra WhatsApp
Luciana Bruno Em São Paulo
Por Luciana Bruno
Operadoras de telecomunicações no Brasil pretendem entregar a autoridades locais em dois meses um documento com embasamentos econômicos e jurídicos contra o funcionamento do aplicativo WhatsApp, controlado pelo Facebook, disseram à Reuters três fontes da indústria.
Uma das empresas do setor estuda também entrar com uma ação judicial contra o serviço, afirmou uma das fontes.
O questionamento a ser entregue à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) será feito contra o serviço de voz do WhatsApp, e não sobre o sistema de troca de mensagens do aplicativo, disse a mesma fonte.
A ideia é questionar o fato de a oferta do serviço se dar por meio do número de telefone móvel do usuário, e não através de um login específico como é o caso de outros softwares de conversas por voz, como o Skype, da Microsoft.
"Nosso ponto em relação ao WhatsApp é especificamente sobre o serviço de voz, que basicamente faz a chamada a partir do número de celular", disse a fonte, que assim como as outras duas falou sob condição de anonimato.
"O Skype tem identidade própria, um login, isso não é irregular. Já o WhatsApp faz chamadas a partir de dois números móveis", acrescentou.
O argumento das operadoras é que o número de celular é outorgado pela Anatel e as empresas de telefonia pagam tributos para cada linha autorizada, como as taxas do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), o que não é feito pelo WhatsApp. De acordo com a consultoria especializada Teleco, as operadoras pagam 26 reais para a ativação de cada linha móvel e 13 reais anuais de taxa de funcionamento.
Além da questão econômico-financeira, as operadoras estão sujeitas às obrigações de fiscalização e qualidade com a Anatel e sujeitas a multas, enquanto isso não acontece com o WhatsApp.
Procurada, a assessoria de imprensa do WhatsApp nos Estados Unidos não respondeu a pedidos de comentários. A assessoria de imprensa do Facebook no Brasil afirmou que a empresa não responde pelo WhatsApp no país.
Embora o WhatsApp já permitisse envio de gravações de áudio por meio de mensagens, a empresa passou a oferecer recentemente serviço de ligações de voz pela Internet no Brasil.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo no começo desta semana, o presidente da Telefônica Brasil, Amos Genish, afirmou que o WhatsApp "é uma operadora pirata" e que a empresa planejava fazer uma petição ao Conselho da Anatel questionando o aplicativo, sem dar muitos detalhes.
Segundo duas das fontes, todas as operadoras estão envolvidas na elaboração da reclamação a ser entregue à Anatel, apesar de algumas delas, como TIM Participações e Claro, terem firmado parcerias comerciais com o WhatsApp para oferecer acesso grátis ao aplicativo, sem desconto na franquia de dados dos usuários. Contudo, essa oferta não se estende ao serviço de voz do WhatsApp, que é descontado da franquia do cliente.
Uma dessas fontes disse que o setor está unido contra o "desequilíbrio" existente em relação a serviços similares aos de telecomunicações e que não têm arcabouço regulatório. Segundo essa fonte, o assunto já foi levado ao Ministério das Comunicações, mas a forma de tratar o tema "ainda não está fechada".
Procuradas, Telefônica Brasil (que opera sob a marca Vivo), Claro, Oi e TIM não se manifestaram sobre o assunto. A associação de operadoras, o Sinditelebrasil, disse que não falaria sobre o tema. Representantes da Anatel não se manifestaram até a publicação desta reportagem.
Uma fonte da Anatel, que não quis se identificar, disse que não há nenhum pleito na agência referente ao WhatsApp, e que caso haja algum requerimento por parte das operadoras, o órgão regulador analisará se o aplicativo poderá ser categorizado como um serviço telecomunicações.
"A questão dos aplicativos se insere em debates maiores, internacionais, entre as empresas de telefonia e os provedores de conteúdo. Mas tem de ficar claro que se trata de serviço de valor adicionado. A Anatel não regula aplicativos", disse a fonte da Anatel. "Não sei se a Anatel tem competência para analisar o serviço, que não é de voz tradicional", acrescentou.
Defesa de consumidores
Órgãos de defesa do consumidor, no entanto, questionam o argumento das operadoras. De acordo com a advogada Flávia Lefévre, da Proteste, mesmo utilizando o número de celular do usuário, o serviço de voz do WhatsApp é oferecido por meio da Internet, não se tratando de uma ligação tradicional.
"Tanto no Skype como no WhatsApp a transmissão (da voz) se dá por meio de pacote de dados, que é diferente de uma ligação da telefonia", disse Flávia.
O advogado Guilherme Ieno, sócio da área de telecomunicações do escritório Koury Lopes Advogados, concorda com a representante da Proteste. Para ele, as operadoras não podem impor restrições quanto ao conteúdo dos pacotes trafegados. (* Com reportagem adicional de Leonardo Goy, em Brasília)
Especialistas belgas identificam origem celular de câncer de mama
00:00 Kate Murray
A fotógrafa Kate Murray se tornou assunto na internet após fotografar e publicar a imagem de uma mãe, que lutou contra o câncer de mama durante a gravidez e teve um dos seios removidos, amamentando o filho pela primeira vez
Pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas (ULB) conseguiram identificar a origem celular dos tumores induzidos pela mutação do gene PIK3CA, que costuma causar câncer de mama, informou nesta quinta-feira esta instituição.
"Identificar a origem celular do câncer de mama é compreender como evolui a doença para poder desenvolver tratamentos personalizados ao tumor de cada paciente", explicou o professor que comanda a pesquisa, Cédric Blanpain.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e pode ser classificado de acordo com suas características historiológicas e moleculares em diferentes subtipos, incluindo o luminal, o ErbB2 e os tumores de tipo basal.
PIK3CA e p53 são os dois genes mutados mais frequentemente no câncer de mama em humanos e se associam com diferentes subtipos moleculares.
O estudo realizado na ULB conseguiu revelar a origem celular dos tumores de mama provocados por mutações do gene PIK3CA.
Além disso, demonstrou que a célula cancerígena de origem controla a heterogeneidade do tumor e produz diferentes tipos de tumores.
Ou seja, se provou que, dependendo da célula de origem, as mutações em PIK3CA e p53 produzem diferentes tipos de tumores.
"Ficamos muito surpresos quando descobrimos que a mutação do gene PIK3CA nas células basais conduz ao desenvolvimento de tumores luminais, enquanto esta mesma mutação nas células luminais leva a tumores mais agressivos, incluindo os de tipo basal", explicou Alexandra Van Keymeulen, uma das pesquisadoras.
Mediante a análise dos passos que precedem a formação do tumor, os pesquisadores belgas descobriram, através da caracterização molecular, que as células se submetem a profundas reprogramações.
"Estas novas descobertas não só demonstram a importância da célula originária da doença no controle da heterogeneidade do câncer de mama, mas também mostram que o padrão de expressão genética descoberta nos primeiros estágios do tumor indica o tipo que o paciente poderá desenvolver", ressaltou Blanpain.
Os pesquisadores esperam agora poder provar que é possível, utilizando remédios já identificados, bloquear a mutação do PIK3CA.
Também esperam poder desenvolver ferramentas que permitam detectar facilmente, possivelmente através de uma análise de sangue, estas mutações.
A maior dificuldade na batalha de um viciado contra as drogas é não recair. Mesmo após passar pelos melhores tratamentos, muitos viciados em drogas psicoestimulantes (como cocaína e metanfetamina) acabam recaindo logo após receber alta, já que a lembrança no cérebro do uso da droga é forte demais para que eles resistam.
Mas pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, encontraram uma forma de “apagar” essas lembranças do efeito da droga do cérebro do paciente, impedindo que ele volte a usar a substância. O estudo foi publicado na edição desta semana da revista científica Molecular Psychiatry.
Apesar de a ideia de apagar uma memória ser perigosa, os pesquisadores mostraram em ratos que o medicamento criado afeta apenas as lembranças associadas ao vício no psicoestimulante. O remédio ainda precisará ser testado em humanos e chegaria ao mercado em, no mínimo, cinco anos.
O mecanismo por trás do medicamento utiliza o processo envolvido na formação das lembranças no cérebro humano. Em 2013, os mesmos pesquisadores descobriram que as lembranças que surgem após o uso de uma droga psicoestimulante eram muito diferentes do que a formação de memórias corriqueiras, como o que comemos no almoço ou nosso primeiro beijo.
Essas memórias do cotidiano são registradas no cérebro dentro de uma conexão de neurônios formada pela actina, um tipo de proteína. A actina estabiliza rapidamente essa lembrança, que fica guardada no cérebro. No caso da memória criada pelo uso da anfetamina, a actina nunca consegue estabilizar essa lembrança. Os pesquisadores se aproveitaram dessa instabilidade para criar uma droga que destrói a actina e, portanto, a memória relacionada à droga.
Mas, como a actina é usada pelo organismo em outros processos, como o funcionamento dos músculos ou a contração do coração, destruir essa proteína seria extremamente perigoso. No novo estudo, os pesquisadores decidiram usar outra proteína, chamada “miosina não muscular do tipo IIB”. Essa molécula de nome pomposo ajuda a actina a funcionar, mas em outros processos que não afetam o funcionamento dos músculos e do coração.
A droga criada pelos pesquisadores, chamada de Blebbistatina (ou Blebb) destrói a miosina não muscular do tipo IIB, inibindo a actina instável e “apagando” a memória associada com a droga psicoativa. O medicamento age apenas nessa lembrança, durante 30 dias, segundo os pesquisadores. Segundo os cientistas, basta apenas uma única dose do remédio para que o cérebro do viciado deixe de lembrar que usou a droga.
Pesquisadores britânicos desenvolveram um robô capaz de construir outros robôs ainda melhores sem intervenção humana.
A "mãe-robô", produzida na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, junta pequenos cubos para formar um novo "bebê-robô".
"Ela" então avalia a distância que eles conseguem percorrer e, após analisar os resultados, consegue projetar outros robozinhos capazes de percorrer distâncias ainda mais longas.
Adaptação
O objetivo do estudo é descobrir como produzir robôs que se adaptem ao ambiente.
O trabalho, feito por pesquisadores de Cambridge e Zurique, na Suíça, foi publicado na revista científica PLOS One.
Apesar de a ideia de robôs construírem outros robôs – cada vez melhores – parecer roteiro de filme de ficção, até o momento não é preciso se preocupar com a hipótese de eles "dominarem o mundo": os "bebês-robos" são apenas cubos de plástico com um motor dentro.
A mãe-robô cola um ao outro em configurações diferentes, o que lhe permite encontrar sistemas cada vez melhores.
Apesar de a montagem ser simples, o trabalho em si é elaborado.
A mãe construiu dez gerações de robôs. A versão final conseguiu percorrer o dobro da distância coberta pelo primeiro antes de a sua bateria acabar.
De acordo com Fumiya Iida, da Universidade de Cambridge, que conduziu a pesquisa com colegas da Universidade ETH, em Zurique, um dos objetivos é encontrar novas ideias sobre como seres vivos evoluem.
"Uma das grandes questões da biologia é como a inteligência surgiu – e estamos usando a robótica para explorar esse mistério", disse ele à BBC.
"Sempre pensamos em robôs fazendo tarefas repetitivas, já que, tipicamente, são projetados para produção em massa e não customização em massa. Mas, queremos ver robôs capazes de inovação e criatividade."
Outro objetivo é desenvolver robôs capazes de melhorar e se adaptar a novas situações, de acordo com Andre Rosendo, que também trabalhou no projeto.
"Pode-se imaginar carros sendo construídos em fábricas e robôs procurando defeitos e consertando-os por conta própria", disse.
"E robôs usados na agricultura poderiam experimentar técnicas diferentes de colheita para ver se melhoram o rendimento."
Iida disse que começou a trabalhar com robótica porque estava decepcionado, já que os robôs da vida real não eram tão bons como os que ele via em filmes de ficção científica como "Guerra das Estrelas" ou "Jornada nas Estrelas".
Seu objetivo é mudar isso. Para tanto, tira lições do mundo natural visando a melhorar a eficiência e a flexibilidade de sistemas de robótica tradicionais.
Será que em breve veremos robôs como os da ficção científica que o inspiraram? "Ainda não chegamos lá, mas com certeza, por que não? Talvez em cerca de 30 anos", diz ele.
Projeto de chuveiro sustentável é a nova aposta Google e Apple
Chamar a atenção das maiores empresas do mundo é o sonho de qualquer startup. A norte-americana Nebia conseguiu atrair investidores de peso, como o CEO da Apple, Tim Cook, e um dos principais executivos da Google, Eric Schmidt. O projeto? Um modelo de chuveiro sustentável que promete reduzir o consumo de água em até 70%. Um banho que consumiria 75 litros, consome apenas 23 litros com ele.
O segredo é um sistema capaz de fragmentar a água em milimétricas gotículas sem tirar a força. O Nebia passa a impressão de que o usuário está tomando um banho de vapor. Como ele foi projetado para atingir uma área maior do que modelos tradicionais, isso resulta em um tempo menor no chuveiro.
A ideia esta em processo de testes desde outubro de 2014 em vestiários da Apple, Google e na Univeridade de Stanford, nos Estados Unidos.
A nova tecnologia foi colocada no site de financiamento coletivo Kickstarter e já havia arrecadado US$ 1.257.971 (R$ 4,38 milhões), muito além dos US$100.000 (R$ 348.000) necessários para dar continuidade ao projeto. O valor mínimo de investimento no chuveiro na pagina é de US$ 249 (R$ 867), mas os empresários da startup afirmam que o produto será vendido no mercado por US$ 399 (R$1.389). Com 28 dias restantes, 3.638 pessoas já investiram.
11/08/2015 12h36 - Atualizado em 11/08/2015 12h36
Mulheres brasileiras são as que mais veem pornografia, diz pesquisa
Levantamento põe Filipinas ao lado do Brasil em 1º lugar e foi feito por dois dos maiores sites de material pornográfico gratuito
Da BBC
Brasil estaria no topo da lista de países onde há maior percentual de mulheres consumindo pornografia. (Foto: BBC)
Uma pesquisa realizada pelos dois maiores sites de pornografia da internet afirma que o Brasil e asFilipinas estão em primeiro lugar em uma lista de consumo de conteúdo erótico pelo público feminino.
Nos dois países, 35% do consumo de pornografia é realizado por mulheres e 65% pelos homens segundo o "Pornhub" e o "Redtube".
A pesquisa, porém, é contestada por sites concorrentes. Um deles afirma que não seria possível fazer esse tipo de medição. A Argentina ficou em quarto lugar, com 30% e o México em oitavo, com 28%. Esses países superaram a média mundial para mulheres, de 24%.
Preferências A pesquisa afirma ainda que as categorias mais procuradas pelas mulheres que consomem pornografia na internet são "lésbicas", "trios" e "squirt" (ejaculação feminina). Elas também se interessam em ver sexo entre homens gays.
O tempo em que cada um permanece nos sites também foi medido. A média mundial é de 10 minutos e 10 segundos para as mulheres, e 9 minutos e 22 segundos para os homens.
Mas ainda que vários setores desta indústria concordem que o consumo do produto entre as mulheres aumentou, alguns produtores de pornografia com perspectiva feminina, como Erika Lust Film, dizem que a sondagem do Pornhub e do Redtube não é científica e questionam os resultados.
O Pornhub e o Redtube são dois sites de internet que oferecem conteúdo pornô grátis – apesar de terem conteúdo "premium" por meio de assinaturas. Eles atraem um tráfego de 40 milhões de usuários únicos por mês.
Utilizando o que chamam de um "software analítico", fizeram uma recente atualização de uma investigação sobre as preferências femininas intitulada: "O que as mulheres querem". A resposta, segundo a pesquisa, seriam cenas lésbicas, sexo a três e uma categoria chamada "squirt" (ejaculação feminina).
Estes foram os termos usados em buscas por conteúdo mais populares entre as mulheres no último ano, segundo o Pornhub. Outros termos procurados são sexo oral, massagens e vídeos de celebridades.
A conclusão é que o número de mulheres que entram nos sites triplo X aumentou e o que elas mais buscam nesses ambientes são situações que reflitam o prazer feminino.
"Com certeza há um crescimento entre as mulheres, porque as mulheres assistem pornografia, e toda a população mundial consome mais", disse à BBC Mundo Pablo Dobner, diretor executivo e cofundador do Erika Lust Films, uma empresa baseada em Barcelona que produz conteúdo adulto sob uma perspectiva feminina.
"Há uma demanda, mas a maioria das mulheres quere algo muito mais sincero, limpo e sexualmente inteligente em relação ao que é possível encontrar na maioria dos outros portais", afirmou.
Ele chama de outros portais justamente sites como Pornhub e Redtube, seus concorrentes diretos, que oferecem conteúdo gratuito. O Erika Lust Films cobra pelo produto e estuda entrar em uma disputa judicial com seus concorrentes.
Medição Mencionada a possível disputa judicial, Dobner argumenta que seus concorrentes não teriam como medir de forma precisa a quantidade de pessoas que acessam seu site segundo o gênero do usuário.
Isso porque não é preciso escrever nome de usuário nem criar uma senha. Segundo ele, mesmo se isso fosse necessário, ainda assim não é possível ter certeza sobre o gênero do consumidor.
"Por isso, sua estimativa de quantos são mulheres e quantos são homens no tráfego maciço que eles têm não está comprovada", afirmou. "Se formos além da superfície do estudo não encontramos nenhuma referência científica nem estatística. É a palavra deles, sem embasamento técnico".
Pablo Dobner alega que o único propósito do estudo é promover os sites pornográficos gratuitos na internet. Todas as estatísticas que mencionam são para favorecer o consumo e o tráfego em suas páginas.
Também há uma polêmica relacionada ao tipo de conteúdo que as mulheres preferem ver. Mas Dobner reconhece que as cenas de sexo entre lésbicas são materiais com os quais elas podem se sentir mais confortáveis – porque essas cenas mostram exclusivamente mulheres tendo prazer.
"As mulheres estão buscando mais prazer feminino e reivindicando que o homem não é o único que tem de desfrutar do sexo e que elas também querem sua parte do sexo recreativo, que esteve proibido para elas por tanto tempo".
Comida junk x gourmet A empresa Erika Lust Films também não tem uma base técnica para saber o que as mulheres gostam. Eles se focam em trabalhos feitos por mulheres, que têm um mercado crescente. A maioria das produções é pornô heterossexual, e o site contabiliza10 mil visitas por dia.
Dobner afirmou que a intenção de sua empresa é criar um nicho de entretenimento adulto com um produto mais assessível para mulheres e casais. Ele compara o produto com o dos concorrentes em termos gastronômicos.
Segundo ele, tanto em uma lanchonete como em um restaurante de luxo "você come a comida pela boca". "Mas a experiência é outra. São coisas concebidas de maneira distinta".
Uma leitora afimou à BBC Mundo pelo Facebook: "Na minha opinião essa ideia de que nós não gostamos do mesmo tipo de pornô que os homens e que precisamos de boa iluminação e de atores que se beijem muito é um mito associado ao preconceito de que nós mulheres não entendemos o sexo sem romantismo".
Veja 9 dicas para evitar o ¨sequestro¨do seu smartphone.
A empresa de segurança ESET divulgou hoje uma lista que ajuda os usuários a evitarem o chamado ‘ransomware’ ('sequestro virtual' do smartphone), que tem se tornado cada vez mais comum. Geralmente, o ataque restringe o acesso ao sistema infetado e cobra um valor de “resgate”.
Fazer backup periódico dos dados Como o Cryptolocker, um tipo ransomware, também criptografa arquivos em unidades de rede mapeadas, é importante que usuário tenha todos os seus dados assegurados caso acabe perdendo as informações de sua máquina.
Mostrar as extensões ocultas dos arquivos É comum que o Cryptolocker se apresente como um arquivo com dupla extensão, como por exemplo, “PDF.EXE”. Para evitar isso, é melhor que a função esteja ligada para as extensões dos arquivos sejam exibidas.
Filtrar os arquivos .EXE de correio eletrônico Se o seu sistema tem uma ferramenta que lhe permite filtrar anexos por extensão, é útil configurá-lo para rejeitar e-mails que tenham arquivos "EXE" ou extensão dupla.
Use o kit para prevenir Cryptolocker O kit de prevenção de Cryptolocker desativa arquivos em execução. Além disso, ele faz com que os executáveis não executem função a partir do diretório Temp de diversos utilitários.
Desativar RDP O malware Cryptolocker/Filecoder acessa as máquinas mediante o Protocolo de escritório remoto. Se não for preciso usar o protocolo RDP, é recomendado desabilitá-lo para proteger a máquina de Filecoder e outros exploits RDP.
Mantenha o software do equipamento sempre atualizado Manter o software em dia reduz a possibilidade de se afetado por um rasomware e outros malwares.
Use um software de segurança confiável Tenha sempre um software antivírus confiável e preferencialmente configurado por senha. É recomendado também ter duas camadas de proteção.
Desligue o Wi-Fi ou remova o cabo de energia imediatamente Se um arquivo que pode ser um ransomware é executado, mas o resgate não é oferecido, você pode parar a comunicação com o servidor antes de terminar a criptografia dos arquivos, também é importante desligar o computador imediatamente direto pelo cabo de energia.
Use o recurso Restauração do sistema para reverter a um estado sem infecção Se "System Restore" está habilitado no seu computador com Windows, é possível voltar à configuração sem os dados infetados.
Cientistas identificam 4 tipos de bêbado; veja se você se encaixa em algum deles
09/08/201515h42
Zanone Friassat/Folhapress
Os resultados confirmam a percepção social de que pessoas diferentes respondem de maneiras distintas à intoxicação por álcool.
Noite de bebedeira com amigos. O tímido fica supersimpático, o boa praça se torna ainda mais extrovertido, outro nem se altera apesar de vários drinques a mais e o esquentado de sempre está prestes a arrumar uma briga.
Parece familiar?
Certamente você consegue associar nomes verdadeiros e histórias curiosas a esses personagens do imaginário coletivo, mas agora um grupo de pesquisadores de psicologia da Universidade do Missouri, em Columbia (EUA), acaba de elaborar uma classificação que descreve, com base científica, os diferentes tipos de bêbados.
O estudo foi publicado em abril na revista especializada Addiction Research & Theory. Conclui que, segundo a amostra analisada, há quatro tipos de bêbados, representados por quatro personagens conhecidos da realidade e da ficção: Mary Poppins, Ernest Hemingway, Mr. Hyde e Professor Aloprado.
Para chegar a essa conclusão os pesquisadores analisaram as descrições de comportamento de 374 estudantes universitários dos Estados Unidos, com uma idade média de 18 anos.
Os participantes tinham que avaliar suas personalidades e as dos "companheiros de copo", em estado de sobriedade e de embriaguez, segundo cinco fatores de comportamento: extroversão, afabilidade, estado de consciência, estabilidade emocional e intelecto.
O que cada tipo de bêbado faz?
AP
Bêbados tipo Ernest Hemingway: o lendário escritor (1899-1961) uma vez presumiu que podia beber qualquer quantidade de uísque sem ficar bêbado. E assim se sente o primeiro grupo identificado pelos investigadores, que chegou a 40% dos participantes da pesquisa. Esses consumidores não revelam mudanças notáveis de personalidade quando passam da sobriedade à embriaguez.
Divulgação
2. Bêbados tipo Mary Poppins: comportam-se como a babá superotimista do filme homônimo de 1964. Alcançaram 14% da amostra do estudo e são particularmente agradáveis quando bêbados, evidenciando um comportamento simpático e amigável. Ficam ainda mais agradáveis e extrovertidos pela ação do álcool.
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3. Bêbados tipo Professor Aloprado: a personalidade desse grupo faz referência ao personagem (imortalizado pelos atores Jerry Lewis e Eddie Murphy) que muda de personalidade por uma questão química e se transforma em alguém muito mais extrovertido do que o normal.
Ao todo, 19% dos estudantes que participaram da pesquisa ficaram nesse grupo. Os bêbados desse perfil se caracterizam por baixa extroversão quando sóbrios e um aumento maior do que a média nesse quesito quando estão alcoolizados, e ficam menos alterados pela bebida.
Apesar de demonstrarem uma mudança de personalidade mais intensa quando se embebedam, suas experiências não estão associadas a um risco alto de danos.
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4. Bêbados tipo Mr. Hyde: a classificação desse grupo se inspira na personalidade sinistra de Mr. Hyde, o personagem fictício de Robert Louis Stevenson. Seus integrantes somaram 22% da amostra e se caracterizam por uma redução elevada do estado de consciência, intelecto e afabilidade quando bêbados.
Segundo a pesquisa, os membros desse grupo apresentaram "tendência a ser menos responsáveis, menos inteligentes e mais hostis sob influência do álcool".
Os investigadores afirmam que esse grupo possui maior probabilidade de vivenciar consequências negativas associadas ao consumo de álcool, como perdas de memória e detenções por mau comportamento.
Limitações e utilidade do estudo
Os autores afirmam ter abordado pela primeira vez, sob uma perspectiva científica, uma área ainda inexplorada pela pesquisa empírica.
O estudo, contudo, tem limitações.
Como se analisou apenas o comportamento de universitários, a maioria deles brancos, os quatro tipos de bêbados identificados podem não ser representativos de outros setores demográficos.
Se a amostra tivesse sido mais variada talvez mais tipos de comportamento fossem identificados.
Mas os resultados confirmam a percepção social de que pessoas diferentes respondem de maneiras distintas à intoxicação por álcool.
Os pesquisadores esperam que sua categorização de "tipos de bêbados" sirva, por exemplo, para ajudar a personalizar intervenções em casos de alcoolismo.
WhatsApp permite roubo de informação.
Universitário marroquino descobriu 'bug' na aplicação.
Por T.L.P. PERGUNTA CM Utiliza o WhatsApp? SIM NÃO Um estudante de engenharia marroquino descobriu uma falha informática que deixa vulneráveis os dados dos utilizadores da aplicação de mensagens WhatsApp nos iPhone, revela o canal noticioso brasileiro Globo. Ahmed Lekssays, de 19 anos, descobriu um bug que permite roubar todas as conversas da aplicação, além das informações dos contatos. Aparentemente, este erro afeta apenas os donos de iPhone. O universitário marroquino descobriu a falha enquanto realizava uma série de testes. O estudante constatou que ao usar esta aplicação neste tipo de telemóveis ou num computador com o sistema operacional Linux é possível roubar as informações em poucos segundos, mesmo que o smartphone esteja bloqueado. O bug já foi reportado, mas, até o momento, não foi resolvido.
O início da computação vestível com os relógios inteligentes Relógio 'conectado' Que tal receber notificações, tirar dúvidas em voz alta e monitorar a sua saúde pelo seu relógio? OK, falando assim a ideia não parece tão sedutora, mas são mais ou menos essas as funcionalidades dos primeiros smartwatches, que chegaram com tudo este ano. A conferência do Google em junho foi dominada pelo Android Wear, a extensão do sistema operacional em que se baseiam os primeiros microsmartphones de pulso, e apareceram alguns produtos interessantes, como o Moto360 e o LG G Watch R. Só que até agora, todos parecem um pouco beta, com bateria fraca e sem muitos aplicativos que usem o novo formato. A verdade é que o mercado espera a chegada do Apple Watch, anunciado em setembro, mas que só estará nos pulsos dos endinheirados mais perto do meio do ano. Enquanto ele não dá as caras, a melhor opção disponível por ora é também o aparentemente mais simples: o Pebble Steel, que custa 200 dólares lá fora.
Bill Gates, o fundador da Microsoft, encabeça a lista dos ricaços da tecnologia elaborada pela Forbes. Segundo a revista, a fortuna de Gates é avaliada em US$ 79 bilhões. Em segundo lugar está Larry Ellison, fundador da Oracle, com US$ 50 bilhões, seguido por Jeff Bezos, presidente da Amazon, com uma fortuna de US$ 47,8 bilhões.
Mark Zuckerberg ocupa a quarta posição, com um acumulado de US$ 41,2 bilhões. O mais jovem da lista é Evan Spiegel, criador do Snapchat, que com 25 anos já dispõe de US$ 22,7 bilhões.
O ranking é um convite ao empreendedorismo: 94 dos 100 primeiros da lista criaram as suas empresas.
Bill Gates (Microsoft): US$ 79 bilhões
Larry Ellison (Oracle): US$ 50 bilhões
Jeff Bezos (Amazon): US$ 47,8 bilhões
Mark ZUckerberg (Facebook): US$ 41,2 bilhões
Larry Page (Google): US$ 33,4 bilhões
Sergey Brin (Google): US$ 32,8 bilhões
Jack Ma (Alibaba): US$ 23,2 bilhões
Steve Ballmer (Microsoft): US$ 22,7 bilhões
Laurene Powell Jobs (viúva de Steve Jobs e executiva de tecnologia): US$ 21,4 bilhões
Realidade virtual e nostalgia embalam Gamescom 2015
Óculos que permitem mergulhar em outro universo são grande sensação na edição deste ano da feira em Colônia, a maior do mundo no setor de games. Novos jogos, mesmo que para consoles antigos, também atraem visitantes.
Oculus Rift - finale Version ausprobiert
Vivenciar um novo universo durante alguns minutos é a grande sensação da Gamescom deste ano. Em Colônia, os visitantes da maior feira de games do mundo podem experimentar óculos de realidade virtual que ainda não chegaram ao mercado.
Entre os mais disputados está o Oculus Rift. Primeiro modelo a possibilitar um campo de visão de mais de 100 graus, o acessório da ao usuário a sensação de tridimensionalidade.
O desenvolvedor Oculus, contudo, não é nenhum novato na Gamescom. Em 2014, a firma foi comprada por ninguém menos que o Facebook. Porém, o nome Oculus já havia se estabelecido no novo mercado de realidade virtual. "Nossa tecnologia é simplesmente a melhor", afirma Palmer Luckey, fundador da empresa.
Grandes empresas do ramo, como Sony, HTC e a produtora de lentes alemã Zeiss estão expondo modelos similares na Gamescom. A procura é grande, e quem quer experimentar os novos óculos tem quer ser paciente – a agenda para testes já está praticamente lotada.
Luckey não tem medo da concorrência. Pelo contrário, para ele, isso é um bom sinal. "É uma boa coisa ver que várias outras empresas também estão entrando no mercado", diz. "Se estivéssemos sozinhos, significaria que os outros não levam a realidade virtual tão a sério."
Além de programadores e empresas desenvolvedoras, os usuários são um dos principais alicerces da Gamescom. Além de conhecer os novos produtos, como as lentes de realidade virtual, eles também estão interessados no preço. "Acredito que a Sony será mais rápida e irá oferecer produtos mais em conta", espera David Weigel, que veio à feira principalmente por causa dos óculos. "Quero experimentar sem ter que encarar um preço de quatro dígitos para isso."
Eventos da Gamescom também são transmitidos ao vivo pela plataforma Twitch
Gráficos e enredos
A Gamescom também é o melhor lugar para expor produtos. Em 2014, cerca de 330 mil pessoas visitaram a feira durante os cinco dias de exibição em Colônia. Segundo dados da Associação Alemã de Softwares de Entretenimento Interativos, o boom da indústria deve continuar a todo vapor.
Para os visitantes, os jogos são uma atração à parte. Neste ano, as desenvolvedoras estão tirando do forno alguns títulos bastante esperados pelos gamers.
Fallout 4, Anno 2205 e Assassin's Creed Syndicate, por exemplo, reúnem uma multidão de aficionados – o que naturalmente se transforma em filas e mais filas. Depois de horas esperando, os gamers têm apenas 15 minutos para testar os novos jogos.
Gráficos de última geração e bons enredos são os maiores atrativos. Alguns títulos apostam em outro tipo de novidade. Em Fifa 16, por exemplo, os usuários poderão jogar pela primeira vez com times de futebol feminino.
Celebridades dos games
Atualmente, gamers que comentam jogos em vídeos na internet têm se tornado celebridades digitais. Para acompanhá-los, estão sendo criadas novas plataformas para o compartilhamento de vídeos, como a americana Twitch. Além de clipes com jogadores testando novos títulos, os usuários transmitem campeonatos ou apresentações diretamente da Gamescom. Com mais de 100 milhões de usuários, o Twitch é a maior plataforma online dedicada aos gamers.
Pesquisadores recriam faísca elétrica no fundo do mar que pode ter gerado a vida na Terra
Uma das grandes questões da ciência é entender o instante exato no qual a vida surgiu na Terra, há cerca de 3,8 bilhões de anos. Cientistas do Jet Propulsion Lab, um laboratório especial da Nasa, estão tentando descobrir essa resposta. Eles recriaram em laboratório a chamada "sopa primordial", a mistura de compostos orgânicos que pode ter dado origem à vida, e conseguiram produzir energia suficiente para fazer uma lâmpada acender. Mas, mais importante do que gerar eletricidade, foi a forma como eles conseguiram produzí-la.
Alguns cientistas acreditam que a vida começou a partir da eletricidade gerada pelos “jardins químicos”. Essas estruturas em forma de chaminé brotavam do fundo do mar, produzindo gradientes eletroquímicos naturais, que podem ter formado as primeiras cadeias de DNA ou gerado energia para os primeiros microrganismos.
Mas, se essas chaminés oceânicas realmente geraram a vida, elas devem ter precisado de uma quantidade considerável de eletricidade. Para entender como isso aconteceu, os cientistas criaram jardins químicos artificias, que reproduzem o que pode ter acontecido naquela época.
Os pesquisadores construíram um pequeno jardim químico alcalino, usando sulfureto de ferro e hidróxido de ferro, dois materiais condutores de eletricidade. Esse experimento produziu menos de 1 Volt, energia suficiente para acender uma lâmpada LED. Pode parecer pouco, mas isso surpreendeu os cientistas.
"Essas chaminés podem ter funcionado como uma fiação elétrica no fundo do oceano", afirma Laurie Barge, pesquisadora da Nasa e autora do estudo com os resultados da experiência. "Estamos criando energia da mesma forma como as primeiras formas de vida na Terra podem ter feito."
Agora, os cientistas querem alterar a receita dessa sopa primordial, criando chaminés a partir de outros materiais que provavelmente eram comuns nos primeiros oceanos da Terra, como molibdênio, níquel, hidrogênio e CO2. Os pesquisadores também planejam criar chaminés que imitem as condições de Marte há milhões de anos ou dos oceanos de Europa, a maior lua de Júpiter.
As necessidades elétricas dos primeiros organismos vivos da Terra são apenas uma das questões que esse experimento pode resolver. Outros pesquisadores tentam entender como materiais orgânicos, como DNA, surgiram a partir dessa faísca. O objetivo final é entender como a vida surgiu a partir do nada.
Como espiões podem controlar celulares sem os donos saberem
Do Portal Terra – Uma empresa de segurança britânica mostrou à BBC como funciona o software, feito pela empresa italiana Hacking Team, vendida a governos de todo o mundo e que vazou recentemente na internet por obra de hackers.
Ela permite que espiões tirem fotos secretas com a câmera de um telefone e gravem conversas com microfones sem que o dono do telefone saiba.
O software foi roubado dela por hackers e publicado na internet. Praticamente qualquer dado em um telefone, tablet ou computador pode ser acessado pela ferramenta.
Teste
Quando Joe Greenwood, da empresa de segurança 4Armed, viu que o código fonte do programa havia sido colocado na internet por hackers, decidiu testar a ferramenta.
Não foi fácil fazer o código funcionar, mas em menos de um dia o programa já estava rodando.
O software consiste em um console de vigilância, que mostra dados retirados de um aparelho hackeado, e de um malware plantado no próprio aparelho que é alvo do 'grampo'.
A 4Armed destacou que, apesar de o software estar agora disponível na internet, usar a ferramenta para espionar alguém é contra a lei. A demonstração que a empresa fez para a BBC foi feita com o consentimento da pessoa que teve seu telefone hackeado.
Ouvindo isso
Após testar o software em seu computador, Greenwood logo percebeu sua inúmeras possibilidades.
"Você pode fazer download de arquivos, gravar áudios de microfones, imagens de webcam, ver sites visitados e quais programas estão sendo usando e interceptar chamadas do Skype", disse ele.
O software tem até alguns atributos que permitem monitorar pagamentos por bitcoins, mas pode ser difícil associar os pagamentos a um indivíduo sem dados adicionais sobre quando e como as transações foram feitas.
Em uma demonstração ao vivo do sistema, Greenwood mostrou como um telefone infectado com o software poderia gravar áudio do microfone mesmo quando o aparelho está bloqueado e usar a câmera sem que o dono saiba.
"Podemos tirar fotos sem que eles saibam. A câmera de trás fica rodando, tirando fotos de alguns em alguns segundos", explica Greenwood.
Também foi possível ouvir ligações, acessar a lista de contatos e monitorar os sites que o usuário visitou.
Tanto Greenwood como o diretor técnico da 4Armed, Marc Wickenden, disse que estavam surpresos pela simplicidade da interface.
Mas os dois apontam que clientes poderiam estar pagando até 1 milhão de libras (cerca de R$ 5,4 milhões) pelo software e seria de se esperar que ele tivesse uma interface prática, principalmente se a ideia fosse ele ser usado por agentes de segurança durante uma investigação.
Para o usuário que está sendo rastreado, porém, há poucas maneiras de notar que está sob vigilância.
Um sinal de perigo, segundo Greenwood, é um aumento súbito no uso de dados de rede, indicando que informações estão sendo enviadas para algum lugar no plano de fundo do aparelho. Espiões com experiência, no entanto, seriam cuidadosos para minimizar isso e permanecer incógnitos.
Sofwares espiões como estes só costumam ser usados com telefones e computadores que estejam sendo alvo de um agência de inteligência. Segundo Greenwoog, antes de ele vazar, não havia motivos para que pessoas que não eram suspeitas de crimes fossem espionadas.
Pegador de espiões
Mesmo assim, a partir de agora, há mais chances de a versão do spyware distribuída online ser detectada por programas antivírus, porque empresas estão analisando o código fonte que vazou e devem adaptar seus sistemas para reconhecê-lo.
O especialista em segurança Graham Cluley disse que será tão fácil detectá-lo como qualquer outro malware.
"O perigo é que hackers maliciosos peguem o código e o aumentem, ou mudem, para que não se pareça mais com a versão do Hacking Team, o que pode evitar sejam detectados", diz.
A melhor coisa a fazer, segundo Cluley, é manter os sistemas operacionais e os softwares o mais atualizados possível.
Em um comunicado, o porta-voz da Hacking Team disse que está aconselhando seus clientes a não usar o software depois que a falha de segurança foi descoberta e o código fonte vazou.
"Assim que o evento foi descoberto, a Hacking Team imediatamente aconselhou seus clientes a descontinuar o uso daquela versão do software, e a empresa forneceu um caminho para assegurar que os dados de vigilância de clientes e outras informações guardadas no sistema dos clientes ficassem seguras."
Pesquisadores criam nanopartícula que pode aumentar vida útil de baterias
Cada vez que uma bateria passa por um ciclo de carga e descarga, seus eletrodos se expandem e se contraem, causando danos físicos que desgastam a bateria. Mas uma equipe de pesquisadores do MIT criou uma nanopartícula que pode acabar com esse problema.
A nova partícula, que possui uma casca sólida de dióxido de titânio e uma espécie de "gema de ovo" interna feita de alumínio, pode ser usada como eletrodo em baterias. A “gema” se expande e contrai em cada carga, sem afetar o tamanho da casca. Dessa forma, a estrutura física do eletrodo não passa pelo mesmo desgaste físico de uma bateria convencional.
Mas essa não é a única vantagem das nanopartículas. As baterias geralmente usam grafite no eletrodo. Apesar desse material se degradar com a expansão e contração, o desgaste não é tão grande como em outros materiais. Porém, ele tem capacidade de carga de 0,35 ampère-hora por grama, um número baixo.
Já se tentou usar outros materiais em eletrodos, mas poucos deles poderiam ser usados comercialmente. O alumínio sempre foi visto como uma alternativa de baixo custo para isso. Ele é barato e tem capacidade de 2 ampère-hora por grama. Mas se desgasta demais. Portanto, a nova nanopartícula, com sua gema de alumínio dentro de uma casca de titânio, poderia resolver os problemas de desgaste.
Nos testes, os pesquisadores descobriram que após 500 ciclos de carga e descarga, a vida útil de uma bateria de celular, o eletrodo teve apenas um pequeno desgaste na casca de dióxido de titânio. Além disso, a equipe registrou uma capacidade de condução três vezes melhor do que o grafite, quase 1,2 ampère-hora por grama.
Os pesquisadores ressaltam que os materiais usados no eletrodo são relativamente baratos, e que a escala de produção poderia diminuir ainda mais esse preço. Mas, por enquanto, os resultados do estudo ainda precisam ser aperfeiçoados antes de serem colocados nas baterias que usamos no dia-a-dia.
São Paulo (NotíciasdaFonte ) – A Canon anunciou hoje uma nova câmera que promete ser capaz de capturar imagens mesmo em ambientes com pouquíssima luz.
A nova câmera foi chamada de ME20F-SH. Ela tem um formato pouco usual, parecida com um cubo. Para ser capaz de filmar coisas mesmo no escuro, a Canon desenvolveu um novo sensor. A empresa japonesa estava trabalhando nele desde 2013.
Um dos recursos que permite a captura de vídeo Full HD em condições muito precárias de luz é a alta sensibilidade do ISO. A câmera tem ISO de 4 milhões. Em comparação, a Canon 1D X, DSLR mais poderosa da empresa, alcança a contagem de 25.600 para o ISO durante filmagens.
A Canon sugere que a câmera seja usada para “vigilância e segurança noturna, produções cinematográficas, televisão e documentários de natureza”. A ME20F-SH usa um sensor CMOS de 35 mm, com adaptações para um melhor desempenho.
A câmera pode parecer bonitinha na foto, mas ela é grande. Ela tem mais de 10 cm de altura, 11 cm de largura e profundidade.
Para apresentar a câmera, a Canon fez um vídeo (que você encontra no final deste texto). Nele, ela compara o desempenho da captura de vídeo com a alta contagem de ISO e sem.
Chega a ser assustador. Um exemplo mostra como é possível ver estrelas no céu usando a câmera. Em outra passagem, uma noite iluminada por uma lua cheia fica parecendo dia.
A câmera ME20F-SH deve chegar ao mercado em dezembro deste ano. O preço sugerido pela Canon é de 30 mil dólares.
Para aumentar velocidade de conexões wi-fi, cientistas criam primeiro laser branco
Cientistas e engenheiros da universidade do Arizona, nos Estados Unidos, criaram a primeira fonte de laser branco, capaz de emitir todo o espectro de cores visíveis. Os inventores afirmam que a tecnologia poderá ser usada em telas e iluminações mais eficientes, além de criar uma versão mais veloz das conexões sem fio de internet
Apesar de lasers vermelhos, azuis, verdes e com outras cores já existirem há algumas décadas, eles se restringiam a uma única cor. A criação de uma estrutura capaz de emitir simultaneamente luzes nas cores vermelha, verde e azul, não era uma tarefa simples. A tecnologia exige a combinação de semicondutores muito diferentes, gerando uma interferência que atrapalha a reflexão das luzes.
Agora, os cientistas afirmam ter resolvido esse problema. O coração da nova tecnologia é uma folha com poucos nanômetros de espessura e formada por um composto de zinco, cádmio, enxofre e selênio. A folha é dividida em diferentes segmentos: quando recebe um pulso de luz, a parte rica em cádmio e selênio emite luz vermelha; a seção com cádmio e enxofre emite a luz verde; e, o segmento com zinco e enxofre, a luz azul.
Os pesquisadores construíram o composto em diferentes estágios, variando cuidadosamente a temperatura de fabricação da folha. O objetivo era controlar a relação entre as fases gasosa, líquida e sólida dos diferentes materiais que compõem a nanofolha, garantindo que esses três segmentos diferentes pudessem coexistir.
Os cientistas conseguem atingir individualmente cada segmento da nanofolha usando diferentes pulsos de luz. A variação da potência dos pulsos permite que o laser produza 70% mais cores do que a maioria das fontes de luz convencionais.
Lasers são energeticamente mais eficazes do que LEDs. Enquanto a iluminação com LEDs produz até 150 lumens por watt de eletricidade, os lasers conseguem produzir mais de 400 lumens por watt, segundo Cun-Zheng Ning, físico e engenheiro elétrico da Universidade do Arizona e um dos coautores do estudo. De acordo com Ning, os lasers também poderiam criar telas com cores mais nítidas e melhor contraste do que as atuais.
Outra aplicação potencial para o laser branco seria no chamado “Li-Fi”, tecnologia que usa a luz para conectar aparelhos à internet e possível substituta do wi-fi. “Atualmente, o Li-Fi é desenvolvido com base nos LEDs”, afirma Ning. Segundo o pesquisador, o laser branco pode ser de 10 a 100 vezes mais rápido do que os LEDs, pois são capazes de transportar dados de forma muito mais veloz.